Psicoterapia Cognitivo-Comportamental associada à perda de peso

Por Flávia Tresbach Bastos – Psicóloga Clínica CRP 07/25617

A Terapia Cognitivo-Comportamental centra-se no conceito de que os pensamentos afetam as emoções e essas influenciam os comportamentos. Ou seja, se um pensamento como o de “estou com fome” vier acompanhado de alguma crença como, “eu não sei lidar com isso, preciso comer!”. O sentimento provavelmente será uma grande ansiedade, gerando um comportamento de buscar o mais depressa possível um alimento. Entretanto, podemos usar pensamentos construtivos alternativos, como: “certo estou com fome, mas acabei de me alimentar, logo deve ser apenas um desejo. Acredito que consigo esperar até a próxima refeição, comer agora me trará mais culpa pelo excesso do que prazer”. Esse tipo de pensamento necessita ser treinado, mas quando o indivíduo consegue colocá-lo em prática todo o processo fica mais fácil. Na Psicoterapia Cognitivo-Comportamental voltada para a perda de peso, esses pensamentos irreais, sabotadores e disfuncionais serão identificados e modos mais adaptativos de lidar com eles serão construídos
O foco será principalmente nos seguintes aspectos (MAGALHÃES, 2011):

  • Alterar o pensamento e o comportamento diante da dieta;
  • Tolerar o emagrecer lento;
  • Treinar os pensamentos para adquirir bons hábitos alimentares;
  • Aprender a lidar com pessoas que o incentivam a comer;
  • Ser tolerante com a fome;
  • Manejar a emoção e o desejo desproporcional de comer;
  • Aprender a lidar com a emoção que pode ter como consequência ao comer compulsivo;

Continuar motivado mesmo com os avanços e retrocessos, esperados em mudanças psicológicas.
No processo de perda de peso, existem pensamentos irracionais que aparecem em todas as mudanças, e não seria diferente durante a reeducação alimentar. Esses pensamentos são:
Tudo ou nada: “ou faço a dieta de modo perfeito, ou não faço!”.
Pensamento Ilusório: “já que comi aquilo que não deveria, comerei o que quiser pelo resto do dia”.
Filtro mental: “Comer esse brigadeiro agora não fará diferença”.
Leitura Mental: ”A minha amiga ficará chateada se eu recusar esse chocolate”.
Regras disfuncionais: “Não posso deixar sobras no prato”.
A dieta gera sentimentos e pensamentos variados, como, sobrecarga, sensação de privação, desmotivação pela perda de peso não estar na velocidade desejada, etc. Mas para obter o sucesso nesse processo é necessário saber lidar com todos esses aspectos. E é aí que á Psicoterapia Cognitivo-Comportamental faz toda a diferença, pois ela irá ajudar o individuo a se relacionar de maneira diferente com os alimentos com os pensamentos disfuncionais. Lembrando que ela será um complemento a um plano alimentar bem elaborado, de preferência por uma nutricionista.

REFERÊNCIAS
MAGALHÃES, F. Terapia Cognitiva para perder peso: Treinar o cérebro para pensar como uma pessoa magra. 2011. http://fernandomagalhaes.pt/perderpeso.html

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